domingo, 5 de abril de 2015

O restar da dúvida

Apague todas as luzes por favor. Que a dúvida se resolva agora por favor. No princípio da incerteza eu sei de tudo. No princípio do nada nós somos um. Quer queira ou não, a chuva cairá sempre ao fim do mês. Entre semanas de sete dias capitais, cometemos a falácia de desejar o amanhã. De voltar ao passado, prender-se ao que um dia nos era certo. De achar que possuímos algo, além da poeira do próprio corpo. Quem vai dizer o que é justo, se não o brilho do sol? Quem vai dizer o que é real, se não a ilusão dos sonhos? Quem vai dizer o que é normal, se não a paranoia de cada um? Quem vai ditar o que é belo, se não te conhecer? O que vai restar dos que duvidam, se não a fumaça de um cigarro?

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