terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Sou senhor de meu corpo
Dono de meus movimentos e ações
Não sou senhor de meu coração
Sentimentos não tem dono
Já estou

Não foi acaso
Acaso é tal poema
Quem reinou foi a Vontade
E subordinado foi o Destino
Já estou indo

A dúvida surge
Diante da nova oportunidade
O coração metido
Escolheu meu caminho
Já fui

Apenas ela

Sentada ali parada
De costas fitando o movimento
Dos carros e da fumaça
Que sobe e transforma
Deixa cinzento o que era azul
E provoca seu questionamento
Para onde eles vão?
Por que hoje ninguém é são?
A dúvida é em vão
Como serão os dias que virão?
Onde estão as horas que passaram?
Onde estão suas antigas certezas?
A vida é uma caixinha de surpresas

Consciente de si mesma
Sonhando com a paz
Elá está longe
Sua mente vaga livre
Seu corpo é uma lembrança
De que a vida ainda clama
Por esperança

Mas ela segue na sua dança
Balança os pés ao vento
Incendeia seus cabelos
Olhar distante que não se alcança
Estilhaça meu coração
E liberta minha paixão sagaz

Flying Away

O meu destino é por acaso
Me proteja o tempo todo
Pois sempre estou distraído

Hoje
Nada importa
Hoje
Vou me desligar de tudo

Hoje
Quem se importa?
Hoje
Vou abandonar o mundo

Eu só quero voar pra bem longe
Atravessar a linha do horizonte
Ver o sol se pôr ao meu lado
Enquanto sonho acordado

Um dia pra olhar as estrelas
Observar a melodia do mar
Respirar o ar puro do campo
E amar de vez em quando

Um dia pra não fazer nada
Sentir o cheiro da madruga
Um remédio que cura do tédio
É uma risada sem mistério