quarta-feira, 15 de abril de 2015

Transcendente Conexão Sonora

Quando você ouve uma música, você se sente bem. Vocês se tornam amigos. Dependendo da música, é claro. Agora, quando você compreende uma música, você e ela estabelecem uma relação mais profunda, de amizade mais profunda, longa, sincera. E quando você entra na música, gera-se uma conexão entre os dois que só vai desligar quando a música cessar. Não existe mais mundo, não existe Terra. Só existe o som, e a interpretação do som. Entre ondas sonoras, a mente vaga por outra dimensão, sentindo cada detalhe imperceptível aos leigos. A música te invade. Não é algo que se deva tentar controlar, ou temer, apenas aproveitar da melhor forma possível. A doce melodia, a confusão regulada, a estridência de uma nota aguda, que vibra mais forte que turbilhão de pensamentos. A batida da bateria, o bumbo que não para de conduzir o andamento da viagem. Para os que não se aguentam de apenas escutar, há uma chance de se conectar ainda mais intensamente. Os músicos que já improvisaram com seu instrumento por cima da obra tão apreciada, são os únicos que conhecem esse trecho da estrada imaterial. É a forma mais rápida de transcender a vida por alguns minutos. Não há palavras que descrevam a energia que tal experiência possa trazer. Mas afinal, o que seria de nós sem a música? Obrigado a todos os artistas que seguiram seu caminho com esforço e dedicação, para nos servir de exemplo de que dentro de cada um, a essência da alma boa é transformada nas melhores viagens sonoras.   

domingo, 5 de abril de 2015

O restar da dúvida

Apague todas as luzes por favor. Que a dúvida se resolva agora por favor. No princípio da incerteza eu sei de tudo. No princípio do nada nós somos um. Quer queira ou não, a chuva cairá sempre ao fim do mês. Entre semanas de sete dias capitais, cometemos a falácia de desejar o amanhã. De voltar ao passado, prender-se ao que um dia nos era certo. De achar que possuímos algo, além da poeira do próprio corpo. Quem vai dizer o que é justo, se não o brilho do sol? Quem vai dizer o que é real, se não a ilusão dos sonhos? Quem vai dizer o que é normal, se não a paranoia de cada um? Quem vai ditar o que é belo, se não te conhecer? O que vai restar dos que duvidam, se não a fumaça de um cigarro?